Mary

Como católicos, recorremos a Maria, a Mãe de Deus e nossa mãe. A jornada de Maria com Deus foi de profunda fé e grande confiança. Ela teve uma abertura cheia de graça ao mistério de Deus em sua vida.

Estamos familiarizados com o relato de Lucas sobre a Encarnação, quando o anjo apareceu a Maria e anunciou: “O Senhor está contigo”. Maria compreendeu plenamente esta mensagem e, portanto, foi capaz de acreditar. Porque ela foi capaz de acreditar, ela foi capaz de responder com fé: “Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra”. Contudo, antes de Maria responder a Deus, as Escrituras nos lembram que Maria estava confusa e assustada, e profundamente perturbada pela saudação do anjo. Maria era totalmente humana. Apesar da sua fé, da sua crença, do seu amor, ela ainda estava confusa e perturbada. Ela lutou para dizer “Sim” ao Senhor! Ela “ponderou” essas palavras em seu coração.

Ponderar não é simplesmente uma questão de “pensar” ou de tentar dominar as realidades da fé ou os mistérios da vida.

Não se trata de tentar controlar estas realidades ou mistérios ou reduzi-los a algo que a nossa mente possa controlar. Pelo contrário, trata-se de deixar que as realidades da fé estejam connosco, entrem em nós e se revelem a nós. É deixar-nos moldar por eles, permitir que a vontade de Deus se torne a nossa vontade. Está promovendo uma atitude e uma atmosfera de confiança e abertura em nossas vidas.

Maria deu um salto na fé. Ela teve que abandonar seus planos e dizer “Sim” a uma vida de fé. Apesar da consciência da sua própria indignidade e pequenez, ela teve que dizer “Sim” para se tornar mãe de Deus e também de tudo o que isso implicaria. Ela foi convidada a abandonar seus planos e deixar Deus assumir o controle de sua vida. O “Sim” de Maria culminaria aos pés da cruz.

Maria entendeu bem que nunca entenderia completamente! Mesmo com a sua compreensão limitada, ela confiou em Deus e disse “Sim” ao plano de Deus. Imediatamente depois que o anjo a deixou, Maria foi visitar sua prima Isabel. Assim que Isabel ouviu a saudação de Maria, “a criança saltou no seu ventre”. “Bem-aventurada você entre as mulheres, bem-aventurada você que acreditou.” Maria pode ser vista como a primeira a dar à luz Cristo e a partilhá-lo com o mundo inteiro. Maria era a mensageira e Cristo a mensagem.

Nós, como Maria, somos convidados a trazer um Salvador a um mundo cansado e ferido. O corpo místico de Cristo está repleto de esperança e chama-nos a ser portadores de Cristo num mundo desesperadamente necessitado. É um mundo que espera pelo nosso “Sim” ansioso e decidido ao Senhor e pelo nosso “Sim” a uma vida de fé, enquanto somos enviados a seguir o exemplo de Maria e a seguir os passos de Cristo.


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